Palavras...
Cada verso, cada palavra, um espasmo, um orgasmo. Um gozo doce, insolente que teima em me deixar assim, sem nada por mim, senhora dos meus sentidos, e agora?
Cadê a palavra solta, a palavra revolta, a palavra cantada, isolada nas carnes tesas de homens quentes, aquela que se soletra nas ancas, nas bancas e nas camas? Não existe palavra suja, existe palavra forte, expressão de sentidos nobres.Nada pode deixar de ser dito, tudo pode ser exprimido, expressado.
Eu vivo catando palavras, formando prosas, fazendo versos. E as palavras são minhas por inteiro, intensas. Eu vivo sentindo palavras, expressando sentidos, tentando me fazer amada. As palavras todas elas, fortes, quentes, limpas, todas elas são minhas...
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