segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Pouso

Recebi um amigo em minha casa nova. O amigo também era novo.
Foi uma conquista recente pra mim e pra ele.
Numa viagem que não foi de trem, nem de metrô e nem de ônibus...
Foi uma viagem de mudança, e ele me recebeu, me deu pouso e algumas palavras de alento.
Retribui a morada nesse fim de semana.
Ele todo zen, iogue e tranqüilo.
Acordou todos os dias as 5 da manhã pra fazer seu ritual,
Esquentava seu leite com hortelã macerada e tomava aos goles de um jeito sereno, e me dizia que serena era eu. Agradeceu a morada com a luz que ele mesmo fez.
Me contou histórias de outros povos e lutas, disse que viveu muitas vidas e tem muitos segredos e respeitou meu modo de pensar tão diferente do dele.
Somos livres e diferentes. Um amigo é sempre bem vindo, quando vem de bem.

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sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Frases (des)conexas

Eu estou em ordem, daquele meu jeito desordenado de ser.

Teu canto me acalanta tanto,
que quando ouço teu canto me encanto.
Teu canto me encanta tanto,
que quando ouço teu canto me acalanto.

E eu agora espero,
Mais não espero sentada, meu amor...
Enquanto você não chega, percorro meus caminhos.

Dormi com o gosto suave de tua voz em meu ouvido dizendo que me ama...
Mas e agora, pra onde vamos?

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segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Um fantasia...

Estava ansiosa com a sua chegada. Desde que estivera em sua casa, há algumas semanas atrás, não nos vimos mais. Foram somente telefonemas e alguns emails recheados de vontades para o reencontro, mais a distância e nossos afazeres diários nos impediam de novamente nos encontrarmos, e então ficava com a lembrança viva em mim, daquele jantar que foi o começo de uma história que não sabia pra onde iria caminhar e exatamente por isso me excitava a alma e o coração. Desde que me mudei, pensei que poderia chamá-lo pra uma visita, quem sabe retribuir o jantar que ele preparou pra mim com tanto esmero e satisfação? E foi assim que o fiz. Liguei pra ele numa tarde de segunda feira ensolarada e quente. Quente estava eu também com a possibilidade de encontrá-lo de novo. Quente fomos nós dois durante todo o nosso encontro naquela noite em que viajei alguns quilômetros pra poder saborear de um delicioso menu e me fartar de tanto desejo. Ele atendeu a ligação, eu fiquei em silencio por alguns segundos e criei coragem, disse “sou eu” ele logo percebeu e me soltou um delicioso “boa tarde moça” que parece pude sentir o sorriso em sua fala. Disse que havia acabado de me mudar pra minha casa nova e gostaria de convidá-lo pra um jantar e assim poderia retribuir a acolhida que tive quando fui pra sua cidade. Ele respondeu que sim. Disse que sabia que iria valer a pena fazer essa viagem pois sabia que o jantar era o começo de tudo. A semana demorou a passar, meu desejo era tanto que as horas, os dias, os minutos pareciam demorar séculos. Sábado chegou, acordei cedo e fui arrumar a casa para recebê-lo. Cada detalhe foi planejado, comprei flores, velas, incenso, vinho, escolhi frutas frescas na feira, preparei a louça que usaria no jantar, e as taças que seriam usadas pra brindar nosso reencontro. O cardápio escolhido pra aquela ocasião: frutos do mar.
Preparei tudo com carinho. Cada ingrediente, cada toque de tempero, tudo foi feito pensando no desejo, em nossas vontades e no momentos deliciosos que aquele encontro poderia nos proporcionar. Deixei tudo preparado, a mesa, a louça, o vinho, as taças e fui me preparar pra te receber. Um banho com água morna, cabelos lavados e soltos, óleo pelo corpo pra amaciar a pele e um vestido fresco e leve. A campainha toca, olho pela janela e vejo você. Meu coração palpita, vou até a porta pra te receber. Páro na tua frente e te dou um abraço, seus olhos brilham, e me dá um beijo na face que me esquenta ainda mais. Te convido pra entrar, pergunto como foi a viagem, e você me responde que tudo correu bem, a viagem tinha sido tranqüila. Sua voz entra em meu ouvido como um turbilhão, ouvir você assim bem perto parece sonho. Te olho, lhe ofereço uma taça de vinho, você aceita e nossos olhos se encontram. O desejo nos pede passagem. Entrego a você a taça e suas mãos se enlaçam em minhas mãos num movimento involuntário quase que sem querer, mais com muitas intenções. Peço pra você escolher um CD, e apago as luzes da sala, a luz que nos ilumina agora é a do fogo das velas que exalam um perfume suave pela casa. Você me convida pra dançar e me enlaça pela cintura. Seus olhos em meus olhos, minhas mãos em teu corpo, tuas mãos em meu corpo, nosso movimento seguindo a música, os nossos passos, e o nosso silêncio que se expressa de maneira voraz e ao menos tempo suave. Ficamos ali, enlaçados um no outro, nossas mãos nos percorrendo, nossos olhos se comunicando e nosso desejo sendo descoberto. O primeiro beijo suave, sua língua, sua saliva, seus lábios. Você em meus braços, nossos abraços e a música de fundo nos brindando. Meus passos te seguiam, a música continuava e nós nos entregamos um ao outro. Nossas roupas jogadas pelo chão, nossos corpos lacivos e entregues ao desejo, sua pele esquentando a minha, nossas mãos nos percorrendo, nossas bocas nos beijando o corpo todo. Tudo com muita calma. Tato, olfato, paladar, nossos sentidos entregues ao nosso prazer. E ficamos assim, até que a paz de dois corpos saciados se instaurasse naquele nosso momento que parecia eterno. Não dissemos nada, dormimos abraçados um ao outro. Os frutos do mar ficaram para o dia seguinte. Já tínhamos matado nossa fome....

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segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Dona do próprio nariz

São dias de novidades, do jeito que gosto.
Estou fazendo muitas coisas pela primeira vez,
A casa está ficando aconchegante.
Os móveis estão tomando seu lugar, alguns objetos parecem que pedem pra serem colocados onde estão.
A casa é arejada e o sol bate na sala pela manhã,
A cozinha não é grande, mais também não é pequena demais, tem o tamanho exato pra se cozinhar com conforto e ainda ter alguns amigos por perto compartilhando o vinho e a conversa enquanto o fogo faz o seu trabalho.
O banheiro é grande e claro, perfeito pra um bom banho de manhã pra ativar o corpo, ou antes do sono, pra relaxá-lo.
No escritório livros, revistas, CDs e o computador, minhas companias prediletas nas horas de sossego e tranqüilidade.
Meu quarto é espaçoso e agradável, o sol entra nos fins de tarde. Da janela da pra ver a chuva e as árvores lá fora que parecem dançar com o vento. O espaço é ótimo pra se ter privacidade e ficar namorando bem gostoso, como foi feito esse fim de semana.
Estou feliz e me sinto livre. Cada momento nesse canto está sendo muito intenso. Estou gostando da sensação de ser dona do meu próprio nariz.



Obrigado a todos pelos votos de casa nova!

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quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Caminhão de mudanças

Casa Nova.
Em todos os cantos, caixotes.
Carnaval com marchinha e gosto de realizações.
Casa nova. Finalmente mudanças.
Estou feliz e serena.
Meu sonho de menina realizado.
Agora independência total.
Sou mais dona de mim,
A partir de agora só eu por mim.
Que bom!


Estou agora esperando os amigos pra um saboroso café em minha casa nova!

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quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Mais um poema sobre mim...

É tudo tão grande!
E nada é pra sempre....
É tudo tão certo!
Só eu sou errante...
Figura andante,
Nesse marzão de gente!
E agora pra onde ir?
No seu colo me despir...
Quero a vida a me cobrir!
Quero o mundo pra me levar!
Quero um homem que me saiba amar!
Quero tudo e não quero nada,
Sou amante dessa minha própria caminhada.
A onde vou? Não sei ao certo,
Não sei de nada que esteja perto.
Quero ir mais longe,
Pois existe um mundo inteiro,
Pra se descoberto!!

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