terça-feira, novembro 30, 2004

Palavras...

São as palavras, elas agora me fazem compania. São únicas e inevitáveis, são absortas e intensas. Quero poder me expressar, contar meus elos, fazer apelos, arrepiar seus pêlos, devaneios. Palavras são palavras ao vento, tomam formas, voam longe, alcançam espaços, sentidos, ecoam até mesmo no vácuo. Me sinto viva com palavras, quero comê-las, devorá-las, senti-las, embriagá-las, cantá-las. Quero meus vãos, todos sãos pra sentir cada palavra que brota na nascente delas. Eu sou a porta voz muitos sentidos, e as palavras me rondam, me ajudam em minhas elucubrações, minhas retóricas, minha sedução.
Cada verso, cada palavra, um espasmo, um orgasmo. Um gozo doce, insolente que teima em me deixar assim, sem nada por mim, senhora dos meus sentidos, e agora?
Cadê a palavra solta, a palavra revolta, a palavra cantada, isolada nas carnes tesas de homens quentes, aquela que se soletra nas ancas, nas bancas e nas camas? Não existe palavra suja, existe palavra forte, expressão de sentidos nobres.Nada pode deixar de ser dito, tudo pode ser exprimido, expressado.
Eu vivo catando palavras, formando prosas, fazendo versos. E as palavras são minhas por inteiro, intensas. Eu vivo sentindo palavras, expressando sentidos, tentando me fazer amada. As palavras todas elas, fortes, quentes, limpas, todas elas são minhas...

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domingo, novembro 28, 2004

Repetições

Lendo e relendo meu blog, percebo o quanto estou repetitiva com as coisas,
(Meus ultimos posts são tão iguais!!!!)
E tudo que escrevo aqui são somente reflexos de minha vida,
Preciso tomar alguma atitude, não pósso mais me repetir,
A vida é curta demais pra repetições,
Vou me embriagar de vida,
Depois volto pra contar as boas novas...

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Noite

Essa noite é noite de chuva pra refrescar os animos,
E a chuva acalanta minha alma. Meus dias se passam, e eu por aqui passando por vidas...
Todas as vidas passando por mim. São vidas secas, são vidas intensas. Homens e mulheres de várias cores e idades. Estou me sentindo tão calma, tão serena. Acho que seja essa noite tão bela e tranquila. Conversas ao pé do ouvido, sonhos almejados, encontros...
Amigos em volta da mesa, vinho tinto e planos conquistados.
Volto agora pra casa, já passa das três da madrugada,
Vou me deitar esperando o sono pra me fazer compania,
E antes que ele chegue, vou divagar meus caminhos, vou percorrer meus instintos,
Vou me lembrar da noite de vinho, de brasa e de paixão que vivi,
Vou me aquecer com essas lembranças e me refrescar com a intensidade delas,
Depois vou me perder em meus sonhos.
Amanhã será outro dia...

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terça-feira, novembro 23, 2004

Acalanto...

Acabo de chegar. Desejos.
Ducha fria pra esquentar os animos, ainda tenho muito o que fazer nessa noite quente de brisa refrescante. Camisola de algodão transparente e muitos textos pra ler.
Depois vou me deitar e como sempre meus pensamentos chegarão até você.
Delírios. Me acalentarei com a música que toca baixinho pra fazer o meu sono chegar.
Os sonhos que sonharei? Nãos sei, mais tenho certeza que você fará parte deles.
Você, cada vez mais, faz parte de minha vida...
Amanhã, mais um dia de labuta, de luta e muitas descobertas.
Como eu gosto de viver!!!!

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segunda-feira, novembro 22, 2004

Quereres...

Não é brincadeira,
Esperei anciosa durante a semana inteira por seu telefonema.
Que não veio. E de madrugada quando o telefone toca, te sinto.
É você me pedindo pra estar contigo. Quero, mas não posso.
Sempre te espero. Não é brincadeira, meu amor.
Quero poder estar contigo pra realizar nossas vontades e nossos planos.
Banho de mar, te ver jogar,
Cachoeira, pés descalços, mãos dadas e pra ti cozinhar...
Dói não te ter comigo.
Você é importante na minha vida,
Mas você simplismente não acredita!!!

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sábado, novembro 20, 2004

Até um dia, quem sabe?

Discutimos poesias, ideologias e questões sociais,
Você se importa com o mundo de um jeito tão tocante,
Que me tocou.
Falamos de amor, de paixões, de trabalho,
Falamos de tudo um pouco, sem compromissos,
A não ser o nosso compromisso de nos sentirmos a vontade um com o outro naquele momento.
E depois de nossas confissões,
Um abraço quente e cheio de vontades,
Troca de olhares e um beijo de despedida...
Tudo que tenho a dizer é:
Foi um prazer conhecer você!!!

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terça-feira, novembro 16, 2004

Poema do Desejo

Se bem querendo ou não,
tuas mãos em meus vãos...
caminhando entre paredes do fino sentido,
Entrebordando a gota da libído,
Me encontro agora, te desenhando
nas curvas de meu lençol,
Tateando meu imaginário,
Com tua boca e mãos...
bem queria que estivesse agora
sob meu olhar,
Aquele que tu sabes bem, é um convite
pra matar a sede.
que pena que a distancia se faz presente...
Tenho que me preencher de sua ausência em mim.

Da série Poemas Libidinosos
escrito em janeiro de 2003.

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sexta-feira, novembro 12, 2004

Sentidos e pensamentos

Chegança. Durante todo o trajeto, pensamentos e sentidos vários me percorriam.
Dentro de mim um mundo. Fortalezas. A razão e a emoção, tudo ao mesmo tempo agora.
A reeleição do Bush, a morte de Arafat, nosso encontro ontem a noite, minhas intempestuosidades, o governo Lula, a globalização, a vontade de meus pés pisarem o chão, a possiblidades que o mundo nos oferece, a dificuldade de vida nesse capitalismo sem código de ética, sua respiração em meu ouvido, as descobertas daqueles meninos, meus planos de casa nova, as obras de pavimentação em minha cidade, eu me rendendo aos seus apelos, o preço do combustível, o feriado, minha ida a capital, a vontade de te ter, os textos que tenho pra ler, o seu sabor em meus pedaços, o valor da conta telefônica, a tristeza de minha mãe, os caminhos que estou tomando, as vontades do meu corpo, o reencontro com uma pessoa importante de minha vida, nossa compania...
São muitos os pensamentos, que voam e voam e voam pelos meus sentidos. A vontade inexplicável da vida.

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quarta-feira, novembro 10, 2004

Desabafo...

Nesse momento tudo que quero é colo. Massagens nos pés, beijo na boca, cafuné na cabeça... Chegar em casa e partilhar os momentos vividos do meu cansativo dia, com alguém que se importe. Nessas horas, penso na mulher independente que habita em mim, e fico com vontade de mandá-la pra PQP!!!! Contas, louças, roupas, projetos, sonhos, viajens... Tudo meu e por minha conta. Será que tem alguém aí afim de me ajudar a segurar as pontas?!?!?!?

"Párem o mundo que eu quero descer!!!!"

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segunda-feira, novembro 08, 2004

É tempo de mudar...

É tempo de mudanças,
Senhora de mim,
Carmim...
Que me venham as boas novas,
Que me venham as más novas,
Mais que me venham novas...
Sempre novas, novidades.
Flores de outras cores,
Estrelas mais brilhantes,
Novos amores,
É tempo de mudar,
Dentro de mim,
Não sou mais assim,
Desse jeito que eu mesma já me cansei,
Quero novos gostos, outros cheiros,
novos sabores...
Ah, é tempo de mudança,
Casa nova, meus tempêros,
Não sou mais a mesma,
De agora em diante novos erros.
De agora em diante meus próprios selos.
É tempo de mundanças!

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quinta-feira, novembro 04, 2004

Falta de ar

O ar as vezes me falta.
Isso acontece sempre que me vejo num estado relevante, e relevante é um estado em que sentimos coisas e vemos coisas que não conseguem passar desapercebidas. Pode ser um estado de indignação. E eu confesso que me vejo muito indignada. Indignada com o mundo, com as pessoas, com a mente das pessoas, com a falta de valores éticos desse mundo em que vivemos. Por isso eu tento mudar o mundo, do meu jeito é verdade, pequenas ações do cotidiano, mas eu tento fazer a diferença.
O ar também me falta quando estou em estado de torpor, onde minha pele, minha cabeça, minha mente, rodam sem sair do lugar, quando perco a sensibilidade de minha pele, dos meus sentidos. Embriaguez. Não a embriaguez de vinho e de brasa, mas a embriaguez que pego tendo pela vida. Coisas boas ou ruins.
O ar por vezes foge do meu alcance, quando me sinto em estado de graça. Gozo. Momento sagrado, os olhos brilham, o corpo tremúla, paixão e volúpia. Assim me vejo vivendo a vida de maneira lívida.
Também fico sem ar quando presencio o poder da expectativa seguida da ação do ser humano. Pensar, sonhar e agir. Quando os homens se ajudam e buscam soluções conjuntas pra resolver aquilo que uma pessoa só não conseguiria pensar. Solidariedade, isso me faz o ar faltar.
O ar vai embora pra longe de mim, quando me pego apaixonada, e passo a sentir o cheiro dessa paixão nos momentos mais inusitados, no meio de um passeio, tomando meu banho ou saboreando uma manga suculenta que escorre por entre minha boca. É a paixão pelas coisas mundanas, pelas coisas vivas, latentes e potentes.
O ar também se esvai, com o cheiro da morte que não consigo compreender. Não consigo entender a não vida, a falta de força pra seguir adiante, a não consciência da luta, das faltas de vontades, das dores do mundo, das opressões, das repressões, das tristezas eternas que acompanham os homens.
Enfim, o ar me falta quase sempre. Nos momentos de lascívia, de amores platônicos, de torpores, de clamores, de tédio, de solidão, de indignação, de alegria, de sonhos, de virtudes, de vontades, de vida.
Eu vivo sem ar!!!!

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terça-feira, novembro 02, 2004

As pedras do caminho

"...Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra."

Carlos Drummond de Andrade

Antes era bom, não sofria se não te tinha.
Agora dói. As pedras do caminho.
Você e eu.
Muitos nós pra desatar...

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