sexta-feira, janeiro 28, 2005

Esforços....

Hoje tive novamente um daqueles sonhos...desde pequena que não sonhava mais com isso...
Estou correndo, correndo, reúno todas as minhas forças pra chegar, mas o mais agonizante e aflitivo é que no sonho não saio do lugar. Não consigo dar um pásso adiante, não me movo um milímetro sequer. Acordo cansada, suada e ofegante. E percebo o metáfora de minha vida...
É sexta feira, são mais de duas da tarde e nada está dando certo hoje. Não foram os nossos planos de mesa e banho e não foram os meus planos de casa nova. Me sinto triste e isolada. Cansada de mim, e é isso.

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segunda-feira, janeiro 24, 2005

O tempo destrói tudo?

Acabei de assitir ao filme IRREVERSÍVEL do argentino Noe. Um tiro na boca do estômago, estampído lavado, um sonho que se desfaz, violência e dor.
O tempo realmente destrói tudo?
Estou perplexa com as imagens e com palavras engasgadas na garganta que teimam em não ser pronunciadas. Zumbido no ouvido nesses tempos de calor insuportável. O filme também chega a ser assim. Uma pergunta ecoava em mim: será que conseguirei assistir até o fim?
Estou atônita, minhas pernas estão trêmulas e meu coração bate acelerado. Meu corpo chega a doer. Não dá pra ficar impune. Não dá pra passar por essa experiência sem sentir algo como falta de ar. Os sonhos se vão, as dores permancem pra sempre. O tempo relamente pode destruir tudo, nesse caso não pode acontecer o contrário!

Se você tiver estômago forte, se seu coração estiver em perfeitas condições e se você quiser passar por experiências que podem te modificar por um tempo considerável, vale a pena conferir...

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quarta-feira, janeiro 19, 2005

Descobertas...

Pra escrever é preciso que eu esteja muito abaixo de minha linha da alegria, é necessário que eu esteja sofrendo, com o coração partido, com a alma encoberta, com os olhos cheios d'água? Nesse momento atual em que vivo por exemplo, não estou criando nada. Várias e várias vezes, sento em frente de meu computador, faço o login pra entrar em meu blog e postar alguma coisa, mais quando me deparo com a página aberta, e pronta pra receber meus escritos, tento, começo, deleto, começo de novo, invento títulos pra ver se estimulo a escrita, deleto, começo de novo, e quando vejo, clico no link "sign out" e volto pra meus afazeres diários.
Sinto a necessidade de escrever, quando dirijo meu carro na noite escura, me vem a mente as várias possibilidades de textos, crônicas, poemas, mais na hora de criar realmente, de colocar a mão na massa, digo na caneta ou no teclado, nada sai. As idéias se parecem desconexas, os pensamentos vão embora pra longe de mim, o fio condutor de um texto se perde e eu volto então pra minhas coisas práticas, pro meu mundo de tarefas a cumprir.
Isso se deve ao fato de estar me sentindo bem? Será que é porque estou começando em uma nova fase de minha vida, cheia de mudanças, com muitas vontades, planos e diversas escolhas? Estou assim, sem conseguir criar um belo texto porque estou me sentindo amada, desejada, acarinhada, e sensivelmente feliz por isso? Será que o fato de não conseguir escrever alguns poemas, está intimamente ligado ao fato, de que com meus 28 anos sinto que conquistei meu espaço e que percebo que minha luta diária valeu a pena? Será que não escrevo, por que agora percebi, que a escolha que fiz há alguns anos atrás, de trabalhar com prazer e paixão, não foi em vão? E que valeu a pena os anos em que paguei pra trabalhar porque havia feito a escolha que disse acima?
Realmente não conseguiria responder a todas essas perguntas. Mais escrevendo esse texto, percebi o quanto estou bem comigo mesma! O que vivi agora escrevendo, foi uma grande descoberta...


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sexta-feira, janeiro 14, 2005

Mudo tanto o tempo todo que vou do agudo ao grave sem passar pelas oitavas....

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terça-feira, janeiro 11, 2005

Noites mal dormidas

Tenho dificuldades pra dormir, na verdade não é exatamente pra dormir, mais acordo sempre no meio da noite, e fico com meus planos, objetivos, sonhos, conquistas e conflitos.
Resultado: as horas vão se passando, passando e vejo dia amanhecer juntos com meus pensamentos.
Visito meus amores, digo pra eles o que sinto.
Peço colo pra mamãe, que prontamente me atende com carinho e silêncio, sem perguntas.
Vou pros meus lugares favoritos, cachoeiras e árvores cheias de frutinhas maduras.
Conquisto a solução pros meus problemas, repostas sempre surgem.
Novas perguntas também e me acompanham até a proxima resposta.
Choro baixinho de tristeza, solidão e carência.
Duvido de mim mesma nos atos que quero cometer.
Escrevo poemas com rimas tão perfeitas que me emociono com elas.
Sublimo minhas vontades de um jeito mais acolhedor e tranquilo.
As idéias me acometem sem nenhum impecilho.
Me abandono em mim, lembranças e cheiros.
Me indigno com as mazelas do mundo.
E me entrego novamente ao sono, quando já está amanhecendo.
No meio da noite, na escuridão de meu quarto, sofro, sonho acordada, exprimo meus desejos, declamo meus poemas baixinho e penso no meu dia.
Noites mal dormidas, mais deliciosamente necessárias.

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quinta-feira, janeiro 06, 2005

Talvez

Em resposta a uma pergunta de alguém mais que especial:

Talvez nem tenhamos despedidas, talvez sim. Quem sabe um dia? Ou a despedida se dissipará no ar, feito vento que foi levado pra outro caminho. Talvez a nossa despedida seja nosso reencontro, pois nunca sabemos que caminhos iremos tomar depois que nos vemos. Ou talvez a gente se junte cada vez mais e mais, talvez não. Talvez....

Por enquanto nos temos, e isso nos basta. Talvez sim, talvez não, talvez mais uma vez. Vivemos num talvez assim, já percebeu? Talvez por isso nos queremos tanto bem. E talvez a incerteza seja nossa única certeza....

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domingo, janeiro 02, 2005

Tudo agora

Hoje pela manhã me levantei, estava em outro estado.
Estado físico: Rio de Janeiro, Município de Visconde de Mauá, Vila de Maromba, casa de Rodrigo, grande amigo que me deu pouso por cinco longos e desejosos dias.
Estado de alma: cheios de receios porque não sabia o que esperava por mim, em minha casa, meu trabalho e minha relações.
Não queria voltar, não agora, em que me encontro em momentos de decisões. Novos rumos devem ser tomados, não porque começa o ano, mais sim porque quero o diferente, o novo.


Já estou em casa, minha acolhida foi boa. Mamãe, meu mano, meu gato Gusmão e finalmente minha cama. Estou tranquila e serena. Foram dias de pés no chão, banho de cachoeira, danças em volta da fogueira e conversas no fim da noite. Consegui me desligar de muita coisa. Mais algumas continuam querendo fazer parte de minha vida, e eu querendo fazer parte delas. Agora é hora de enfrentar novamente minhas escolhas, se tiver que voltar atrás, que seja com tesão e vontade.

A todos eu desejo um ano cheio de vontades, com coisas novas acontecendo, com objetivos sendo alcançados e planos novos sendo feitos. Que a gente delíre sempre, porque o delírio é necessário pra colorir nossas vidas e a utopia é algo vital pra fazer a gente correr atrás de nossos sonhos possíveis. Feliz 2005, pra todos!!!!

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